terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os erros do passado e o reflexo no futuro

A coisa que mais tenho feito nos últimos dias é refletir, hoje de uma forma mais generosa comigo mesma, sobre os erros que cometi e a forma como toquei minha vida.
Tenho certeza que muitas atitudes que tomamos movidos por qualquer sentimento forte demais, nos leva a um arrependimento posterior,seja um ato de vontade, uma discussão, uma ordem a ser executada, fato é que toda ação tem uma reação, porém muitas vezes as reações acabam por resvalar em quem nem sequer fazia parte daquela história.E é ai que adoraria conseguir ser roteirista da minha vida e também da minha família, conseguir encaixar cada um em seu lugar, todos debaixo de minha asa, unidos e felizes, mas infelizmente eu não sou a dona da história, uma mera participante que ama demais os pais que têm, e se orgulha de ter chegado aonde chegou graças a esse heróis.
Infelizmente os heróis envelhecem, ficam frágeis, choram como crianças, se esquecem, tentam se lembrar, mas amam a qualquer preço e se pudessem deixariam o óculos e a bengala e vestiriam suas capas para sobrevoarem a cidade e salvar seus filhos de toda sorte de desgraças que vêm se vislumbrando no céu.
Ao meu grande herói que me ensinou tantas coisas importantes, que não seria capaz de escrever, que me trocava dormindo, que me prendia os cabelos até ter dor de cabeça, ao que me corrigia com amor, ao que me ensinou a sempre pensar no próximo, ao que me ensinou a nunca fechar portas, ao que me NUNCA me julgou pelos erros, ao que se alegrou ao saber que seria avô de uma filha de 19 anos, ao que não me deixou fugir da maternidade em trabalho de parto, ao que está sempre lá, haja o que houver, vc é meu herói e quero te-lo sempre por perto....




I'm more than a bird
I'm more than a plane
I'm more than some pretty face beside a train
and it's not easy to be me

I wish that I could cry
fall upon my knees
find a way to lie
'bout a home I'll never see
it may sound absurd
but don't be naive
even heroes have the right to bleed

I may be disturbed
but won't you concede
even heroes have the right to dream
and its not easy to be me

Up, up and away, away from me
well its alright
you can all sleep sound tonight
I'm not crazy or anything

I can't stand to fly
I'm not that naive
men weren't meant to ride
with clouds between their knees

I'm only a man
in a silly red sheet
digging for kryptonite
on this one way street
Only a man
in a phoney red sheet
looking for special things
inside of me

Inside of me
Inside of me
Inside of me
Inside of me

I'm only a man
in a phoney red sheet
I'm only a man looking for a dream
I'm only a man
in a phoney red sheet

Its not easy

It's not easy to be me.

Atualizações do windows numa mulher

Toda atualização do windows é um saco, pelo menos para mim.Só que atualmente minha vida anda nessa vibe de atualização,com o detalhe de serem situações onde atualizar é preciso mas dói pracaraleo muito.
Na verdade sinto que estou num ano sabático, aprendendo muitas coisas e pior todas ao mesmo tempo, e eu que me julgava fodástica por ter sido mãe tão cedo e saber porra nenhuma, quase tudo...O choro do sábado nem chegou a existir, no final da noite já estava me divertindo horrores, no domingo vei a reflexão e conclusão que o problema maior está na forma e no momento em que eu faço determinadas escolhas, e que invariavelmente piloto por instrumento em tempestade,acreditando que o avião em questão é o outro,
Decidi a partir de então que meu destino eu traçarei, poderei sucumbir, me apaixonar, chorar, sorrir, mas tudo com a mais completa consciência do meu eu, e do valor que tenho, e dei início a tudo isso na segunda, indo tirar um novo RG, nascendo de novo, tendo coragem de enfrentar meus fantasmas em gavetas, pondo ordem no quarto, jogando coisas de um passado que não voltará fora, relembrando momentos felizes e até ponderando sobre onde passado, presente e futuro se encontram.
E claro que tudo isso, porque sou mulher, assim como bem colocou @marianamsdias

Para completar segue uma letra que eu gosto muito e acho que vcs tb irão gostar...
Bem que meu pai me avisou
Homem não sabe, mulher
Falou que seu pai, meu avô
Mulher é o que Deus quiser
As vezes quer uma flor
As vezes só um cafuné

Precisa de muito amor, haja amor
Pra sempre carinho quer
Segundo meu pai
Mulher costuma muito chorar
Suspira pelo que quer a mulher
Mania tem de sangrar

Entrega-se na colher
A quem não vai se entregar
Meu pai falou que mulher,
A mulher deve ter parte com o mar

Bem que meu pai me avisou
Homem não sabe, mulher
Falou que seu pai, meu avô
Mulher é o que Deus quiser
As vezes quer uma flor
As vezes só um cafuné
Precisa de muito amor, haja amor
Pra sempre carinho quer
Segundo meu pai
Mulher costuma muito chorar
Suspira pelo que quer a mulher
Mania tem de sangrar

Entrega-se na colher
A quem não vai se entregar
Meu pai falou que mulher,
A mulher deve ter parte com o mar

sábado, 28 de agosto de 2010

Um lado querendo partir e outro querendo ficar onde está...









Tudo pronto, após horas com um pouco de ansiedade por um último esfregar de olhos, aquela última constatação.Sou canceriana, e tenho um lado teimoso demais que ca me permite desistir das coisas antes de inúmeras tentativas,e isso tudo devo ao maldito óculos rosa, que me faz ver as coisas com olhos românticos até demais.
Estavamos lá, fiquei frente a uma realidade que eu não queria e que no fundo sabia que iria doer...
Tudo cooperou ao redor, as pessoas eram especiais, o lugar era gostoso, mas não éramos mais os mesmos, e ai surgiu a vontade de partir, para não ver aquele comportamento que como diz @marianamsdias era da 5° B, mas já era tarde demais, os olhos já haviam se cruzado e todos os sentimentos que começaram junto com Julieta e suas cartas, iam como areia movediça escorregando e consumindo.
Admito que fui muito forte, porque hoje sei que minha auto estima talvez não seja tão ruim quanto a dele, sim  porque ele com certeza não tem o menor amor a tudo que conquistou e muito menos a ele mesmo.
Mas como sempre têm um lado que quer ficar, que quer pagar pra ver, que acha que pode mudar tudo e todos os sentimentos ao redor e pior, que acredita numa primeira impressão ao invés das inúmeras posteriores demonstrações de que o príncipe jamais existiu, eu parti com o coração pequeno e a mente cheia de questionamentos. Alguns já foram sendo solucionados no decorrer do período, outros acho que só o tempo mostrará.
O fato é que partir dói, desapegar de um sonho dói, mas ficar quando quem você quer estar, deseja partir deve doer mais ainda...E graças a Deus essa dor não terei de compartilhar...
Claro que hoje já prometi não me apaixonar mais tão fácilmente e até gostar mais de mim...Mas isso fica para um outro post que já está vindo por ai...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O tempo por Fernando Pessoa

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão

Fernando Pessoa



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Na velocidade da internet

Não sei nem por onde começar, na verdade não sei dizer aonde estou, ontém tudo estava arrumado e caminhando,mas um tufão veio e mudou tudo na velocidade da internet.
A questão da velocidade atual nos relacionamentos, é uma coisa que não consigo processar direito, talvez seja minha placa de memória que não esteja muito boa, ou talvez as coisas estejam começando e terminando rápido demais realmente, o fato é que não gosto da idéia de excluir ou ser excluída num click, da forma como a internet tem sido usada pelos mesmos covardes que anteriormente, iam comprar cigarros e não voltavam, ou mandavam telegramas de despedidas...
Pior de tudo isso, é que sem querer acabamos por nos acostumar com os meios virtuais e perdemos a noção do quanto é importante o real, palpavél e passamos a fazer diagnósticos sobre frases soltas e manifestações que nem sempre tem sentido ou querem dizer alguma coisa realmente.
Fazendo um exercício de reflexão, percebo que grande parte dos meus melhores amigos, só tive notícias pela internet, e não é que estejam morando na China, é que o mundo mudou e as prioridades mudaram,mas infelizmente eu contínuo a mesma canceriana, romântica, esperançosa,que acredita em contos de fadas (mesmo que o príncipe seja gay e o bom partido seja o Shrek, rsrsrsrs)...
Hoje por exemplo, após uma longa terapia e situações inesperadas, ao invés de chorar no colo da minha mãe, estou eu e meu inseparável notebook,escrevendo este post.
Tentando ponderar os erros e acertos, mas com a certeza que o tempo, sim ele novamente virá e colocará as coisas em seus devidos lugares e que os que foram é porque não tinham desejo de ficar.
Um brinde aos homens a moda antiga que devem estar escondidos por ai, e que com certeza escrevem poemas, falam de amor (de coração e não da boca pra fora), que dançam juntinhos, e que principalmente amam e se entregam como se não houvesse amanhã...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Complexo de Sininho e de Wendy

Bem vindos ao diário de bordo da Ana Cristina, uma balzaca que tem muitas atribuições como a Wendy, e um enorme desejo de voar como a Sininho.
Quando era criança queria ser a Alice só que mais esperta e com o dom de saber voar, queria ser livre e tinha um lado passional muito parecido com a Sininho com aquele seu louco amor por Peter Pan, claro que isso já era fruto do jeitinho canceriano de ser.
O tempo foi passando sem que eu me desse conta que não iria voar, pelo menos não da forma como eu acreditava no passado, e que não existem poções para nos aumentar ou diminuir.
Aos 19 anos  descobri uma gravidez que me trouxe o maior presente que tenho, Pedro Mariano e foi essa hora de deixar de lado as traquinagens de Sininho e o País das Maravilhas, e me adequar a uma outra realidade muito mais parecida com a da Wendy.
A vida como Wendy me trouxe maturidade para muitas coisas, como mãe e profissional principalmente, porém, eu aprendi que não podemos pular de um personagem ao outro e simplesmente sublimar determinadas fases da vida, porque uma hora o tempo cobra aquilo que não vivemos e não aprendemos.E ficamos repetindo modelos antigos até aprender alguma coisa, no meu caso sempre com Peter Pans e Chapeleiros Malucos.
Com votos de que  o aprendizado chegue ao fim em breve...rsrsrsr





Retirei o original do site http://www.mulherzinhagirlie.blogspot.com/
PS: Claro que com 30 anos determinados comportamentos viram meio lúdicos, mas fica de exemplo a essência de uma verdadeira Sininho.

Escrito por Bruna Paixão.

Outro dia eu estava na praia, tomando água de coco e pegando um bronze. Não tinha nada pra fazer e simplesmente adorava isso; inclusive estava me perguntando por quê não tinha nascido milionária. Era uma pergunta sem resposta. Virei para meu companheiro de praia, sentado na cadeira ao lado, e declarei: “Sabe de uma coisa, acho que sofro de um enorme Complexo de Peter Pan.” Ele respondeu que Complexo de Peter Pan era só pra homem, que nesse caso eu teria que sofrer de Complexo de Sininho. Eu disso: “Então, que seja de Sininho. O negócio é que eu não quero crescer.”
Meu amigo perguntou por quê. Ele, como representante legítimo do Complexo de Peter Pan – nós andamos em grupo – estava querendo saber se eu tinha características suficientes para ser uma complexada. “Muito simples, posso dar a você uma lista”, eu disse. Ele me desafiou com um: então comece. E nós, eternas crianças, saímos do controle quando somos desafiadas.
Pra começar, eu tenho 25 anos e ainda moro com os meus pais. Tudo bem, em parte isso é culpa da realidade sócio-econômica do nosso país, que faz com que seja muito mais difícil para os jovens brasileiros adquirirem seu cantinho de liberdade do que é na Europa, por exemplo. Mas existe uma outra coisa por baixo disso… Existe a comodidade. Uma das principais características dos que querem viver na Terra do Nunca.
Outra coisa: saio para o mesmo tipo de bar e boate desde que eu tenho 16 anos. Juro. Hoje confesso que fico um pouco deprimida quando vou a uma festa e ouço as mesmas músicas que tocavam na Basement, inferninho carioca que inaugurou a minha boemia. Já se passaram 6 anos, caramba, e o povo ainda está ouvindo isso? Depois eu penso: “que se dane” e fico cantando Candy, do Iggy Pop, no meio da pista.
Terceiro ítem: não tenho nenhuma maturidade para relacionamentos sérios. Toda vez que arrumo um namorado que dura mais de seis meses, a cena se repete: ciúmes, possessão, etc etc. Quando alguém me diz namora há oito anos, eu acho que a pessoa é um ser iluminado. Porque eu imagino que relacionamentos longos devem significar entendimento mútuo e amadurecimento – ou seja, incompatíveis comigo. E aí está a minha quarta característica infantil: acreditar que homens e mulheres podem se entender e se respeitar.
O ponto definitivo para a conclusão de que realmente eu sofro de Complexo de Sininho é a atração irresistível por homens com Complexo de Peter Pan. Tão complicadinhos. Com medo de tudo. Tão extremamente freaudianos e édipos, procurando a mãe na figura feminina de cada esquina…
Não sou só eu que gosto de homens assim. Elas também gostam. Elas, as mulheres- absolutas. As que são centradas e têm jeito de mãe. As que exibem sempre conselhos sensatos para horas de desespero. As Complexo de Wendy!
Conheço poucas assim – elas não se misturam com tipos como eu. Mas sei que existem. Elas andam com segurança e fazem mais dinheiro do que eu farei aos 30. Geralmente elas têm cabelos lisos. Tudo em suas vidas é centrado e pesado e discutido com a boa e a má consciência. A única situação que escapa do controle dessas mulheres é o amor pelos Peter Pans.
Esses homens que nunca crescem despertam a mãe que mora dentro das Wendys. Elas já eram loucas pra soltar esse lado há muito tempo e de repente – voilá – têm a oportunidade perfeita nos Peter Pans. Esse casal se completa. Ying e Yang. Positivo e Negativo. Quando se encontram, são felizes para sempre.
Peraí, e as Sininhos? Bom, as Sininhos não são seres humanos. Elas podem ficar sozinhas (e amaldiçoar até a morte a oponente Wendy). Aliás, ninguém nunca sabe quando uma Sininho está triste ou alegre. Porque, nos dois casos, ela passa glitter nos olhos e sai pra dançar. Geralmente a mesma música que tocava há seis anos na Basement.